sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Dançar para viver!

Mal posso esperar para a chegada deste fim de semana. É que eu vou dançar! Sim, dançar novamente e de uma forma inteiramente nova para mim. Vou participar do workshop de Dançaterapia com Pio Campo aqui em Brasília neste fim de novembro chuvoso.

Minha vida sempre foi permeada e preenchida pela dança, pelo movimento do meu corpo. Comecei a estudar ballet clássico bem nova, aos 5 anos. Aos 9, fui estudar na academia da minha irmã mais nova, pois eu achava que ela sabia mais coisas do que eu e, no mesmo ano, descobri que tinha patela alta, um probleminha genético nos joelhos. Sou do signo de capricórnio e sei que os joelhos são a parte do corpo mais vulnerável para as pessoas do meu signo. Foi minha primeira experiência de me afastar de uma coisa que fazia parte de mim. Passei acho que um mês com a perna esquerda engessada do alto da coxa até o pé. Foi duro, mas me lembro ter gostado de poder passar as tardes em casa vendo TV e comendo aveia com mel (doce liberado na minha casa na época!).

Dois anos depois, eu estava ensaiando com a companhia de dança da academia. Na verdade, como eu estudava na escola de música, além de inglês e francês, eu não podia mais frequentar a turma de ballet da minha idade por causa do horário. Com a ousadia e determinação da minha mãe, a diretora e dona da escola de ballet aceitou que eu frequentasse as aulas e os ensaios da companhia, que aconteciam todos os dias nos fins de tarde. E assim, o ballet clássico tomou conta da minha vida com aulas, ensaios exaustivos, apresentações numerosas, participações em cursos até os 14 anos, quando eu comecei a namorar um cara 6 anos mais velho do que eu e minha vida virou um inferno! Mas essa é outra história...

Naquele ano, comecei a ficar desleixada, não penteava meus cabelos longos, lisos e inteiros, nem tomava muito banho, de modo que tinha piolhos constantemente. Sim, confesso: virei uma porquinha com todas as letras! Me afastei dos meus amigos da minha idade e comecei a matar as aulas de ballet. Depois daquele ano fatídico, meus pais não sabima mais o que fazer comigo e me mandaram junto com minha irmã mais velha para Londres, onde nosso pai morava na época. Lá, minha vida deu uma guinada: fiz inúmeras amizades novas, aprendi a falar inglês, me diverti horrores, mas além da vida escolar, não consegui voltar a dançar por motivos diversos. Um deles é que meu pai não tinha realmente dinheiro para pagar um curso. Então, eu ia me virando na escola, com o teatro, a dança e a música.

Só voltei a dançar pra valer mesmo no ano seguinte, quando voltei para o Brasil para morar com minha mãe e meus dois irmãos pequenos em São Paulo. Fui fazer aulas com Ismael Guiser e conheci diversos bailarinos e coreógrafos. Fui vendo pela primeira vez que eu poderia dançar sem me prender tanto aos moldes rígidos e muitas vezes perversos do clássico. Mas foi na metade daquele ano de 1995, eu com 16 anos, que participei de um espetáculo onde eu me encontrei. Primeiro porque houve uma audição para a seleção dos atores e eu fui lá e passei! Não seria um espetáculo profissional, mas era o musical da Cultura Inglesa de São Paulo, que todo ano produzia um espetáculo que ficaria em cartaz durante um mês, mais ou menos.

O espetáculo chamava-se Sing and Dance e era um poupourri de todos os musicais que a Cultura tinha produzido ao longo dos anos. Foi o máximo! Os fins de semana de ensaios, as coreografias, as músicas então... eu sabia todas de cor! E eram umas 30! Fui muito feliz durante aqueles meses: cantando, dançando e atuando. Eu não tinha nenhum papel de destaque, nenhum solo, nada disso. Mas como eu sabia o papel de todo mundo, sempre ensaiava no lugar de alguém que faltava e aí, na verdade, começaram a me olhar com outros olhos. Eu mesma fiquei mais confiante e roubava mesmo a cena quando podia! haha...

No ano seguinte, de volta À Brasília. E eu retornava para a minha cidade depois de dois anos fora: sem amigos (pois havia brigado com todo mundo antes de partir pra Inglaterra) e muito relutantemente, já que minha vida em Pinheiros, do lado da Vila Madalena era o máximo! Bom, mas acabei voltando e reingressando na escola, só que um ano atrasada em relação à galera da minha idade, porque o ano que fiz na Inglaterra não valeu para o Brasil. Voltei para a minha antiga academia, passei a dar aulas de ballet para crianças e me empenhei muito para ser uma bailarina clássica. Depois de uns três anos assim, eu já estudando Filosofia na UnB e dando aulas de inglês, eu comecei a ficar muito desanimada com a dureza, a mesmice e a competitividade daquele mundo de ballet e academias... Larguei tudo e fui fazer outras coisas.

Comecei a namorar meu futuro marido, curtimos muito e fui morar com ele. Fomos para os Estados Unidos de mala e cuia e eu engravidei da Nina! De volta à terrinha um ano depois, quando ela tinha uns três aninhos, cheguei a fazer algumas aulas (de clássico de novo!) na antiga academia, só para o meu prazer. Mas foi durante nossa estadia na França que tive meu primeiro e verdadeiro contato com a dança contemporânea. Fazia aulas à noite, uma vez por semana, na faculdade mesmo. Chegamos até a nos apresentar no museu Lorrain de Nancy, foi muito legal! Foi a primeira vez que trabalhei sem regras, criando a partir de propostas diferentes. Mas aí nós voltamos para o Brasil e eu parei tudo de novo.

Cheguei a procurar e a fazer aulas de contemporâneo de novo, mas logo em seguida engravidei do Gabriel e minha vida mudou completamente (como vocês sabem). E aí, agora, tenho esta oportunidade de dançar de uma maneira completamente diferente, dançar comigo mesma e para mim mesma, sem espectadores, sem expectativas, sem cobranças, sem piruetas e fouétés e sapatilhas de ponta! Não sei muito ainda sobre a Dançaterapia de Maria Fux, mas o pouco que sei já deu para eu me apaixonar e desejar do fundo do meu coração essa experiência nova. Quem sabe não estará aí uma nova porta que se abrirá para mim?... Não sei, só sei que quero fazer esse workshop, experimentar, criar... dançar! "Dançar para viver!" Este é o lema da dançaterapia. Em breve, mais notícias, sentimentos e quem sabe mais o quê...

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Quem não arrisca não petisca!

Estou me sentindo um tanto ousada. Nos últimos tempos, tenho tentado muitas coisas diferentes. Nos últimos dias então, nem se fala! Minha tática tem sido a seguinte: independentemente do resultado, eu jogo para o universo o meu desejo. A minha parte fica na sinceridade comigo mesma em relação ao que eu quero. Acho este o ponto crucial para se conseguir algo. E eu demorei muito tempo para perceber as coisas que eu realmente desejo e perceber a diferença delas dos desejos alheios ou daqueles que eu achava que eram meus, mas na realidade não eram.

Muito bem, dado o primeiro passo, o da decisão sincera e honesta, é hora de agir. Cada situação vai necessitar de táticas diferentes, às vezes uma conversa com alguém, ou um telefonema, um pedido, visualizações, enfim, há uma gama enorme de técnicas para se conseguir o que se quer. Porém, muitos de nós caímos na angústia uma vez que esses desejos não são atendidos, ou realizados. E aí, nós nos perdemos. Por quê?

Tenho um palpite. Nossa mente nos diz que temos o controle de tudo em nossas mãos. Se você não conseguiu tal coisa é porque não se esforçou o bastante, ou não estudou ou trabalhou o bastante, ou não é bom o bastante... Um monte de baboseiras! Acredito em razões muito mais profundas, como as raízes das mangueiras enormes, que buscam água e umidade debaixo, muito debaixo de nossos pés, mas que dão mangas cada vez mais no alto. Já repararam que quanto mais velha uma mangueira, mais majestosa e bonita ela fica? E o mais incrível é que ela cresce tanto para baixo, como para cima!

Acho que é por aí. um dia alguém foi lá, fez uma mudinha de mangueira e a plantou. O universo se encarregou do resto... O desejo foi plantado, foi dado. É preciso paciência para ver que fruto será possível colher deste projeto de árvore. E, na verdade, ninguém sabe se esse broto, essa muda vai vingar, ou se realmente vai dar mangas! Só com o tempo saberemos.

Tenho semeado meus desejos para o universo assim como tenho semeado a horta. Às vezes, as sementes não brotam e você as perde. Outras vezes elas brotam, mas crescem tão ferozmente e desordenadamente, que exigem muitos cuidados e reparos. Estou em aprendizado. E isso me lembra: quem não está? Estamos todos no mesmo barco, neste mundo caótico, por alguma razão especial. Estamos todos aprendendo, então é preciso arriscar! Saber ouvir o seu próprio coração para saber quais são seus reais desejos e depois, basta semeá-los no universo! E deixar as coisas acontecerem...

Então, este é o meu desejo para todos nós hoje: que semeemos os nossos desejos e que o universo se encarregue de torná-los realidade! Amém!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Frei Beto e a felicidade

Assinamos o Correio Braziliens de sexta à segunda. Ultimamente temos nos perguntado se a assinatura ainda vale à pena, visto que nossa tolerância para notícias ruins e violentas está muito baixa. Contudo, quando o jornal chega, vou abrindo e procurando as colunas que me interessam, a saber, Frei Beto, Elisa Lucinda, Maria Paula (na revista de domingo) e Conceição Freitas, que faz as crônicas de Brasília.

Qual a minha alegria hoje ao ler um texto simples, porém iluminador de Frei Beto. Sobre a felicidade. Começa com uma carta de uma mulher para ele, pedindo que ele a ajudasse a encontrar uma paixão na vida. Diz que é uma pessoa sem hobbies, que não sabe o que fazer para se sentir bem. E Frei, muito elegantemente, sugeriu que a moça comece a conversar com pessoas que fazem o que gostam, que procure fazer parte de algum grupo, de qualquer tipo, de trabalho social, voluntário, terapêutico.

Ao fim, ele discorre sobre a diferença entre ser feliz e estar alegre. Felicidade, para ele, é um estado de espírito, é estar de bem consigo mesmo, é se amar e amar o que está em sua volta. Ao passo que a alegria é passageira, vem em determinados momentos, mas não necessariamente acompanha a pessoa o tempo todo. No meu entender, posso ser uma pessoa feliz, de bem comigo mesma, estar em "tao" e, ao mesmo tempo estar com raiva, ou me sentir triste ou alegre. Mas essas emoções são passageiras, elas não afetam realmente o que eu sou.

Estou descobrindo aos poucos que a felicidade está no prazer das coisas que fazemos, ou não fazemos! Por exemplo: escrever para este blog me dá prazer de várias formas. Uma, óbvia, enquanto escrevo. Sinto um imenso prazer em redigir simplesmente o que quero. Segundo, ser lida é outro prazer. Terceiro, a possibilidade de encontrar outras pessoas que escrevem sobre o que lhes interessa, ou seja, o que gostam, gera mais prazer ainda! E a lista continua...

Outro exemplo: estou em operação organizacional de minha casa em ritmo de tartaruga. E alguns resultados já podem ser vistos, sentidos e até usufruidos! Tenho tido prazer não somente ao ver o resultado, mas durante o processo, durante o que faço. Estou gostando desses momentos, aproveitando! Porém, como ainda estou em aprendizado, às vezes caio na cobrança, ou na baixa auto-estima. E aí é que mora o perigo: a tal da cobrança.

Cobrança e prazer não combinam. Quando uma começa, o outro termina. O meu mundo e meu tempo não são os do mundo externo, das datas-limite, dos prazos, das metas, das recompensas e dos castigos! Muito pelo contrário, meu tempo é interno e diferente do ritmo frenético do mundo consumista, onde os objetos se tornam obsoletos rápirdo demais e pessoas da minha idade falam e se vestem como velhas, preocupadas agora com suas aposentadorias! Mas isso é outra história...

A questão é: estamos fazendo as coisas com prazer, porque queremos? Ou porque somos obrigados ou nos sentimos obrigados? E se assim for o caso, seremos sempre vítimas fáceis do "elixir da felicidade", que nada tem a ver com o seu espírito, com a sua alma. Para Frei Beto, ninguém mais feliz do que o mísitico, que procura em si mesmo as respostas para as suas próprias questões. E eu estou com ele e não abro!

sábado, 14 de novembro de 2009

Quiche de alho poró

Embalada pelo lindo blog de receitas da minha amiga Renata (Strawberry crumble) e como gosto mesmo de cozinhar e aprender e tentar coisas novas na cozinha, decici dividir com vocês esta receita, que é uma mistura de receitas de quiche (que eu adoro fazer e comer)! Fiz ontem, como contribuição para o almoço na casa da minha sogra.

Massa:
2 xícaras de farinha de trigo (pode misturar com a integral, se quiser)
125 g de manteiga gelada ou recém tirada da geladeira
1 ovo inteiro
50 ml de água filtrada
sal a gosto

Recheio:
8 talos de alho poró fatiados em rodelas finas (descarte ou reserve para outra receita a parte mais escura e dura)
3 ovos inteiros
1 lata de creme de leite com soro
sal, pimenta do reino e mostarda a gosto
alguma erva

Comece pela massa. No seu plano de trabalho, que pode ser dentro do tabuleiro mesmo, coloque a farinha e trabalhe a manteiga com ela até obter uma farofa amarelada. Junte o sal. Em uma tigela, bata o ovo com a água e junte esta mistura à farinha. Trabalhe a massa até que fique lisa e sem grudar nas mãos. Você não deve levar muito tempo para fazer isto. A massa deve ser de fácil manuseio (por causa da quantidade de gordura!). Faça uma bola e coloque na geladeira enquanto faz o recheio.

Fatie o alho poró como indicado. Prefira o legume orgâncico, ele tem mais sabor, é mais saudável para você e para o planeta! Reserve. Em uma tigela, bata os três ovos com o creme de leite e os temperos - prefira uma mostarda de qualidade, de sabor forte. Dessa vez, eu usei nirá (um tipo de alho verde que tenho na horta. Foi o meu sogro, que cozinha pra C. que me ensinou!), mas você pode usar a erva fresca ou ressecada de sua preferência. Pronto, está na hora de montar!

Tire a massa da geladeira, abra-a em uma fôrma média, circular ou retangular e suba as bordas. Faça alguns furos no fundo com um garfo. Coloque o alho poró em rodelinhas e despeje o creme por cima. Asse em forno médio/baixo por aproximadamente 35 a 40 minutos, ou até o creme estar cozido e a massa ter soltado da travessa, coradinha. Sirva morno ou frio. A quiche é um excelente prato para passeios, tipo piquenique, ou para levar para a casa de alguém. Ou para um almoço ou jantar. Vai bem com salada verde, chips, arroz, o que quiser!

Obs.: a quiche francesa é sempre feita com creme de leite fresco (100 ml ou um pouquinho mais), mas eu descobri fazendo que o nosso creme de leite de lata com soro dá praticamente o mesmo efeito. Acredito que ela fique mais leve e com certeza mais saudável com o creme fresco, mas não é sempre que este produto está disponível para nós, não é mesmo?

Bom apetite!

sábado, 7 de novembro de 2009

Kântele

Você já ouviu falar em um instrumento musical chamado kântele? Não? Nem eu, até ontem à noite. Ontem fui a uma palestra dos círculos de palestras do Ventre Livre. O tema era maternidade, mas au não sabia quem iria falar, nem exatamente sobre o quê. Cheguei lá e me deparei com maletinhas no chão, formando uma pequena mandala, dentro da grande mandala de tapetes de yoga.

Muito bem, a palestrante era uma mulher magra, morena, estilo mignone, de vestido amarelo e voz muito doce. Ela se apresentou e perguntou qual havia sido o chamado de cada um que se encontrava naquela sala naquela noite. Chamado?- pensei... Bom, eu vim pelo tema: maternidade. Ela tirou seu instrumento da caixa e perguntou como cada um de nós gostaria de sermos tocados. Com respeito, delicadeza, suavidade, carinho. Com amor, eu disse.

Pois bem, pois tocaremos este instrumento como gostaríamos de sermos tocados, disse a moça da voz doce. Este instrumento só tem 7 cordas: ré, mi, sol, lá, si, ré e mi uma oitava acima. Ela nos ensinou o primeiro movimento, que é a bola de luz. Segura-se o kântele com a mão esquerda, como se fosse uma neném sentado no colo, a mão direita sobe na diagonal e volta em direção ao instrumento, como que trazendo esta bola de luz e aí o dedo indicar desliza sobre as cordas e a mão pára no coração (eu comigo mesma). O segundo movimento parte do coração e faz o caminho inverso em direção ao outro (eu com o outro).

E lá fomos nós, embalados pelo som onírico deste instrumento simples e incrível e por essa fada que apareceu no nosso caminho ontem. Ela explicou a origem do kântele, suas funções terapêuticas e sua experiência de vida; como este pequeno instrumento mudou completamente sua vida. Ela se chama Adriana Pirola e eu encontrei o site que ela mantém. Vai aí o endereço para quem se interessar:

www.almaviva.com.br

O mais interessante pra mim é como as coisas vão chegando até mim de acordo com os meus próprios interesses. Estou em busca de mim mesma, de auto-conhecimento. Então tem a terapia, a minha própria terapeuta, os meus filhos, a minha casa, meu marido, minha família, livros, música, blogs, filmes que caem na minha mão como uma luva! As mandalas, a dançaterapia, que eu ainda não experimentei, mas com certeza o farei em breve, e agora este kântele, que me encantou por completo, pois ele é justamente a síntese de tudo o que eu tenho buscado! Ele é um resgate da feminilidade, da maternidade, do lúdico, do encontro consigo mesmo, do tempo precioso, da natureza, do sonho, da doçura, do amor...

Estou completamente apaixonada e espero poder me encontrar muito em breve com o kântele. Namastê!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Mais uma do gato

Noite passada foi tranquila que só! Gabriel não acordou; dormiu a noite toda feito príncipe e só acordou de manhã bem cedinho! O gato branco que mia chatíssimamente não apareceu, ou se apareceu, ficou miando aquele miado dele insuportável de longe. E Hello Kitto (nosso gato lindo) também foi um príncipe. Não atrapalhou em nada!

Mas o que notamos é que ele saiu de noite e não voltou pra casa hora nenhuma. Nunca mais ele tinha feito isso desde aquela noite fatídiga em que ele sumiu e só voltou 48horas depois, salvo por João, incansável na busca desse gatinho, que tinha ficado louco pelos pintinhos da vizinha, mas se escondeu no mato dela, encurralado por dois cachorros enormes, até que João apareceu para salvá-lo, depois de distribuir papéis pela chácaras com sua foto e receber uma ligação.

Bom, passado esse trauma inicial de adaptação à roça, nosso gato nunca mais havia dado susto nenhum na gente. Ele se adaptou completamente à vida selvagem: sobe em árvores, caça calangos e ratinhos do cerrado e beija-flores.. Enfim, encontrou-se com sua natureza! Porém, as noites não são muito tranquilas pra nós, pois ou ele quer sair, ou ele quer entrar, e aí nós temos que nos levantar pra abrir e fechar a porta pra ele... Imaginem o stress! Não podemos deixar a porta aberta porque há outros gatos aqui e eles entram pra roubar a comida do nosso (podem crer, eu já vi!)

Muito bem. De manhã cedo, todos prontos pra sair pra fazer seus afazeres e entrando no carro - menos eu, claro, que ainda estava no banheiro, depois de ter ajudado todo mundo! Eis que João posicionava Gabriel em sua cadeirinha quando escuta miados de gato... Pensou que o gato estivesse dentro do carro, mas não estava. Saiu, foi até o porta-malas e thcan thcan tchan tchan, lá estava nosso lindo gatinho! Preso há 24 horas, em um porta-malas que não tem acesso com o carro. Sem comer, beber ou sequer fazer pipi! Mas havia marcas de que ele havia tentado escapar, sem sucesso...

Pois é! Mais uma do nosso gato-ninja, que já passou por cada uma e sempre acaba nos proporcionando algum momento de tensão, seguido de umas boas risadas!

domingo, 1 de novembro de 2009

Chá em casa de mamãe

Estou em casa de minha mãe. Já é quase noite e só há pouco consegui fazer Gabriel dormir, tirar uma soneca antes de jantar para dormir de novo... TPM em alta, claro, marido viajando à trabalho. Enfim, fim de semana bem diferente. Sexta dormimos eu e as crianças em casa de uma amiga que tem três filhas, a mais velha bem amiga da Nina. Ontem, visita da sogra e sogro em casa mesmo. E hoje por aqui. Acho que vamos pernoitar também se eu der conta do meu bebê (risos)...

O sol acabou de se por e da janela aqui à minha direita, eu vejo São Sebastião, com suas luzes acesas. Acima, a Papuda e o monte todo verde. Acima, o céu iluminado cor de laranja e nuvens azuis com toques de violeta se movendo sem parar. É lindo aqui, um banho para os olhos.

O chá está servido e eu preciso ir. Nina me chama. Como sempre!