quarta-feira, 26 de maio de 2010

Depois da chuva

Ontem choveu muito aqui em Brasília. Chuva fora de época. Não estamos acostumados com tanta água em plena seca! Bom para as plantas, para a grama, para os nossos pulmões! Bom para os meus pés que mergulharam na terra molhada e na grama recém-podada e feliz de ter sido regada pela natureza.

Sozinha, descalça, com short do marido, encontrei-me no jardim de manhã cedo mesmo. Gabriel havia adormecido novamente, talvez estivesse muito cansado. Sozinha, sozinha? Agora, com um pequeno bebê em meu ventre, estamos, somos um. Meus pés caminharam pela grama pontudinha, fazendo carinho nela. A terra da horta me recebeu lisa, macia, aconchegante, amorosa.

A grama me acariciou, me massageou. Nós dançamos juntas. Meus dedos, o peito dos pés, tudo ia se comunicando com aquela grama macia e, ao mesmo tempo, levemente alfinetada. Como no último encontro da Dançaterapia, senti minha coluna, que guiava meus movimentos. Sou movimento. Sou dança. Onde está a raiz do movimento? Onde é a minha raiz?

E lá está ela, minha raiz, minha espinha dorsal, me mostrando o caminho, fazendo minhas pontas dos dedos das mãos dançarem, irem de encontro ao solo, à terra. Aqui está ela, dando toda a liberdade para os meus pés dançarem, sentirem a terra. Senti todos os meus poros respirarem hoje de manhã, sob a luz branda do sol, a temperatura amena desta rara e bela manhã.

Aqui está meu ventre: fértil e úmido como a terra, com sua semente que se desenvolve, que cresce, que quer viver, que quer a vida! Estou viva! Não é maravilhoso? Sou criança de novo, brincando com meu próprio corpo, sem medo, sem amarras, simplesmente sendo eu. Sou grata!

domingo, 23 de maio de 2010

Quinteto Dias Reino

É com imensa alegria que anuncio que, em breve, nosso quarteto terá mais um membro, lá pelo mês de janeiro de 2011... Sim, estou grávida novamente! Muitas coisas têm acontecido nos últimos dias e não tenho tido nem energia, nem tempo de me dedicar aos meus textos. Mas acredito que, aos poucos, retomarei minhas atividades aqui.

Agora, por exemplo, estou com aquela cara de enjôo... O início da gestação para mim é assim mesmo. Se bem que acho que desta vez estou enjoando um pouco menos (nem vomitei ainda; vitória!). Cada barriga é uma barriga, cada bebê é cada bebê, afinal de contas... Mas o cansaço e a necessidade de deitar e repousar é a mesma.

O interessante desta gravidez é que ela não foi planejada. Meu marido e eu acreditávamos piamente que não desejávamos mais filhos. E eu repetia com ele que não dava mais, outra criança significaria mais trabalho, mais tudo. Então, pensava que não. Mas no meu íntimo, sentia que sim. Acho que foi assim. Como meu método contraceptivo era natural (sou adepta do método termo-muco-cervical, do qual já falei diversas vezes neste blog e especialmente aqui), tenho me deparado com perguntas e colocaçãoes do tipo: "esse método não funciona, eu já sabia"...

Portanto, eu gostaria de deixar uma coisa bem clara. A mulher que não deseja engravidar jamais tem duas opções: ser abstinente sexual ou ter relações com outra mulher. Pronto! Assim, estará segura! Todos sabem que não existe método contraceptivo com 100% de eficácia. E digo mais: um método natural como este do qual falo é gratuito, portanto não obedece a interesses de ninguém, não tem nenhum efeito colateral e empodera a mulher, no sentido que a coloca diretamente com contato consigo mesma através do seu próprio corpo, seus ciclos.

É claro que o controle da vida sexual não é fácil. É preciso um parceiro que acredite no que a mulher está fazendo, que compreenda o ciclo e que esteja disposto a viver com um certo rigor sexual. Não é uma decisão nem simples, nem fácil. Não vou dizer que não me sinto insegura quando penso que ainda tenho aí quase 20 anos de vida de ciclos férteis. Isto é assustador: pensar que temos que ser "caxias", além de observar, respeitar meus ciclos durante ainda tanto tempo! Mas isto é outro assunto e não é a prioridade agora. No tempo certo, vamos achar o que é melhor para nós.

Um outro ponto que acho relevante é o fato da maternidade vir para quem quer, ou quando a mulher sabe que deve porque se sente segura em relação ao parceiro, ou porque ela deseja isso concientemente. No fim das contas, concordo com minha amiga Rita Pinho do Ventre Livre: só engravida quem permite, seja por um desejo conciente ou um desejo profundo e inconciente.

Sabem aquelas histórias de mulheres que engravidam com D.I.U, com camisinha? O nosso foi mais ou menos assim: nós sabíamos que eu estava fértil e percebemos que algo escapuliu. Anotei, mas não achei que fosse nada grave. Até a menstruação começar a atrasar, atrasar e finalmente não descer mesmo! Aí veio um enjôo aqui, outro ali, muitas preocupações e o reconhecimento de um desejo enorme que eu vinha escondendo há alguns meses. João chegou a ficar nervoso, mas foi se acalmando e agora está curtindo a idéia. Decidimos assumir esta criança e nos preparar da melhor forma possível para recebê-la!

Então é isso! Levei a manhã inteira para escrever este post, com tantas indas e vindas: Gabrielzinho, soneca, enfim... O ritmo de grávida é outro mesmo e vou compreendendo-o e me adaptando a ele de pouco a pouco. Até breve!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Mandala de Sal




Hoje recebi um e-mail muito lindo do meu sogro querido e gostaria de compartilhá-lo aqui. Este texto, portanto, não é de minha autoria, apenas chegou em minhas mãos. Que ele nos inspire a não ter medo do novo, da mudança, do movimento natural da vida. Dancemos esta linda Mandala de Sal!

O texto diz assim:

É um trabalho impressionante dos monges budistas que fazem as mandalas de sal colorido.
Feitas com o maior cuidado e com a maior dedicação, elas são desmanchadas logo depois de prontas para demonstrar a transitoriedade das coisas na vida, mesmo que elas exijam o maior esforço.
Assim é que nós devemos encarar o dia-a-dia. E sempre prontos para começar tudo de novo, se preciso for.
Perca o referencial de vez em quando.
Saia de sua zona de conforto.
Dê oportunidade ao imprevisível.
Nada é mais certo do que a incerteza.
As coisas têm o valor que nós damos a elas..
" Panta Rei" é uma expressão do pensador Heráclito,
que significa TUDO MUDA ( tudo flui, nada persiste ) -
e ele usava como metáfora filosófica a idéia de pisar num Rio ,
que um milésimo de segundo depois de pisado,
já não era mais feito da mesma água.
A Saúde - A nossa maior dádiva!
A Oração - A solução para os dias atuais com a Terra em transição!
A PAZ - Busque-a na sua Energia Vital, no interior do seu ser!
O Amor - O elo, a razão e o entendimento para tudo!
O Perdão - A ascensão espiritual!
O Trabalho - É o nosso estímulo!
A Humildade - É a sabedoria!
O Orgulho - é a maior DOENÇA da ALMA!

domingo, 9 de maio de 2010

Agradecimento pelo belo dia das Mães

Agradeço a minha mãe por ter vindo me visitar hoje, trazido o prato principal, cozinhado em minha cozinha, ter me dado o melhor presente que ela poderia me dar! Um dia que começou sem expectativas, mas que termina com um grande passo: o de minha mãe em minha direção! Sou grata!

Passamos um belo dia, apesar do calor, em companhia dela, Lulu, meu irmão Leo, que me presenteou com um filme ótimo: Escola do Rock, nossa prima Sophie da França, com seu marido Alan, e claro, meus filhotes maravilhosos e meu marido querido. Foi comilança gostosa, teve quiabo, pepino e rúcula da horta, um monte de sobremesas: creme de abacate, salada de frutas e um pavê que não endureceu - acontece nas melhores cozinhas (será?) hehehe...

Teve conversa em português e francês, tradução, filme, passeios pela chácara, pitanga, limão e jambo do pé! Teve cochilo na rede, na cama e café com bombom para acordar! Ainda visita do tio, tia e prima queridos. Depois, debandada para ver vovó Beth tocar na Esplanada, o quarto movimento da Nona de Beethoven. E nós aqui, esperando Nina voltar para casa!

Estou feliz e gostaria de compartilhar isso com vocês. Felicidades a todas as mulheres que criam, que criam crianças, que criam seres melhores, que realmente se importam com eles e que se doam ao fazer essa que é a missão mais deliciosa e surpreendente de todas... ser mãe! Um beijo a todas e todos e até a próxima!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

A Homeopatia em nossa casa

Meu marido, João, retornou ontem à noite de um trabalho de três dias em Goiânia sobre homeopatia. É a terceira vez que ele participa deste congresso chamado "Educação Continuada em Homeopatia Previsível - IV Módulo" como intérprete de conferências. E todo ano é a mesma coisa: ele tem um monte de coisas impressionantes para me contar! São casos e mais casos, de pessoas muito doentes, de coisas que a alopatia não dá conta, problemas de família que se manifestam na saúde de um único indivíduo.

Querem algum exemplo? Um neném que tinha uma espécie de bola no nariz e o negócio sumiu totalmente. Outro neném cuja mãe derrubou água fervente e o bebê teve toda a pele da parte frontal do corpo destruída. Hoje ele tem cinco anos e nenhuma cicatriz. É. NENHUMA. Tudo pode se refazer em nosso corpo, até mesmo a cicatriz é a expressão de como nosso corpo lida com tal e tal situação... A estrela desse evento é o médico indiano Bandish Ambani, que tem uma vivência vasta de cura na Índia: a cura pela homeopatia!

Curiosamente, neste fim de semana, tive uma experiência com a homeopatia e o Gabriel. Como eu havia escrito aqui há alguns dias, meu pequeno estava doente e, como não melhorava, resolvi levá-lo à homeopata na sexta passada. Foi muito bom termos ido. Ela o examinou e disse que eu deveria tirar um raio-X do tórax dele, que estava chiando. Essa parte foi difícil: debaixo do sol de meio-dia de Brasília, eu rodando com ele no colo e Nina me ajudando, indo hospital para conseguir a radiografia para o mesmo dia. Acabou dando tudo certo e seus pulmões estão limpos. Menos mal. Começamos na sexta com a medicação homeopática, e de lá para cá, ele já teve aquela piora típica da homeopatia e começa a apresentar melhoras. O processo é lento e requer cuidado e paciência. E tenho isso de sobra!

Para mim, que sou sua mãe, acho que o que ele está passando tem a ver com as mudanças que estão acontecendo e estão para acontecer em sua vida. Acho que todo o processo de desmame está envolvido. Sei lá. O fato também de estarmos todos nós na expectativa de uma mudança de vida, já que nosso provedor deixará de ser free-lancer e assumirá um posto como funcionário público. Engraçado, no meu primeiro post deste blog eu escrevi justamente o oposto: que meu marido não era funcionário público e tal, que nossa vida era completamente fora do padrão. Bom, sinceramente, sei que mesmo ele tendo um emprego "normal", nós continuamos sendo uma família "anormal", com propostas bem diferentes das atuais desse mundo enlatado que está aí (expressão da Fernanda Matos).

Eu também estou em processo de mudanças: algumas vontades que não apareciam antes começam a se manifestar. Vontade de produzir mais, escrever mais, dançar mais, trocar mais com outras pessoas... Inclusive, meus ciclos menstruais têm começado a ficar mais espaçados. Eles estavam curtos, de 23 a 25 dias, e agora começam a se apresentar em 28 dias. Não sei, para mim, isso já é uma manifestação do meu corpo que algo está mudando dentro de mim. Aquela simbiose com meu filho bebê parece estar chegando ao fim. Também pudera! Ele está crescendo mesmo, está virando uma pequena criança! E minha filha? Seu corpo se prepara claramente para as mudanças hormonais maravilhosas e sagradas que a transformarão em mulher um dia!

É isso. Gostaria de dizer também que estou tendo problemas para postar comentários em meu próprio blog (como isso é possível?) e que portanto, não consigo responder os comentários carinhosos recentes. Também estou tendo problemas ao escrever posts, pois os detalhes sumiram (colocar link, negrito, enfim). Alguém pode me ajudar? Me dizer o que está acontecendo? Será o meu computador ou o blogger?

Fiquemos então na paz, aquela que existe em nós mesmos!