terça-feira, 29 de setembro de 2009

Pensando em um milhão de coisas ao mesmo tempo

São tantos assuntos, tantas idéias em minha cabeça e, na verdade, tão pouco tempo para realizar tudo isso em palavras! Principalmente com o meu acesso restrito à internet, já que nosso plano aqui na roça é 3G e nós só temos um modem, o que significa que fico desconectada a maior parte do tempo, pois o João carrega o modem quando viaja e quando trabalha. E quando ele está em casa, ele também trabalha online, então, já viu, né? É fogo...

Sem contar, é claro, com o meu expediente 24 horas no ar... Quem foi que disse mesmo que eu sou "só" mãe? É dureza, principalmente por causa do bom e velho e inacabável trabalho doméstico. Você não imagina como eu dei uma relaxada boa esses dias só porque combinei que terei Divina duas vezes nesta semana pra ela poder passar a roupa. Nossa, que alívio! Aquela montanha de roupa limpa me olhando o tempo todo. E esse calor infernal. E olha que eu não passo tudo não. Seleciono bem as peças que devem ser passadas. Mas quem cuida da própria roupa sabe o trabalho que dá: separar, às vezes esfregar, lavar, estender, dobrar, passar, guardar. "E o salário oh..." (Pra quem se lembra do professor Raimundo... hehehe)

Bem, é claro que não preciso da internet pra escrever, produzir. Eu tenho um desktop que faço de typewriter mesmo. Muitas vezes vou guardando textos lá e só carrego pro blog o que é interessante ou não-censurado. É claro que escrevo altas coisas que não desejo que ninguém leia, sobre mim mesma, meus processos, minha família, enfim... Mas gosto de saber que sempre tem alguém por aqui que vai acabar lendo alguma coisa, então dá vontade de expor certas coisas. E assim a gente anda, não é?

Ela nasceu!

Sim, Elisa nasceu na semana passada! Agora sou oficialmente titia e madrinha, pois minha irmã me deu mais esse presente... E Elisa é linda! Grande, bochechuda, cabeluda, boquinha de coração. Quem conhece a Tainá sabe como ela é petite e nem imagina que sua primeira filha não é um "musquitin" como foi sua mamãe quando neném.

Ficha técnica: nasceu às 6:53 da manhã de 22 de setembro, medindo 49cm e pesando 3,395 kg. É portanto virginiana, com ascendente em libra e lua e escorpião! A parteira que estava acompanhando Tatá durante a madrugada achou melhor não fazer o parto em casa, afinal. Ainda não tenho todos os detalhes, mas minha irmã teve que seguir para o hospital, onde foi feita uma cesariana. Mas ficaram as duas muito bem, no final!

Já vi a nova princesinha da família em algumas fotos e até no skype... absolutamente adorável! Ah, como eu queria estar com minha irmã agora e vê-la amamentar sua filha. Minha mãe chegou ontem de Olinda e tem todas as novidades quentíssimas e delícias de Elisa pra me contar... não vejo a hora!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Minha sobrinha está chegando!

Estou muito ansiosa para a chegada da minha sobrinha e primeira afilhada.... a Elisa! Minha irmãzinha (kaham... disfarça que ela tem 28 anos!) está só esperando a hora que sua bebezinha decidir vir para o mundo da luz!

Elas estão em Olinda, muito bem acompanhadas do meu digníssimo cunhado "lelé da caxola", como diz minha Nina e da vovó Beth (nossa mãe). É verdade que essa vovó que será vovó pela terceira vez está um tanto assustada, pois sua "filhotinha" vai parir em casa. É isso mesmo, parto domiciliar super moderno, natural e aconchegante para ela e seu bebê. Nada mais gostoso de poder ter o trabalho de parto em casa e, o que é melhor, parir ali mesmo, no aconchego e carinho do seu próprio lar.

Eu, que pari em dois hospitais diferentes, em dois países diferentes, em dois momentos completamente diferentes de minha vida, hoje sei dar a importância a um parto o mais tranquilo possível, sem aquela frieza, brancura e "faz assim e faz assado" de hospital! Minha irmã está é muito certa de ter tido a coragem de dizer: é em casa que minha filha vai nascer!

E ainda mais que será um parto gratuito, visto que ela participa de um programa de partos domiciliares do governo de Pernambuco, com um parteira com 5000 partos de experiência. Vc não leu errado (CINCO MIL PARTOS mesmo)... Tá bom pra vc? Pra mim tá ótimo! E a equipe ainda conta com três doulas, sendo que uma delas é obstetra. E, é claro, se alguma coisa sair do controle, ela segue rapidamente para o hospital...
(Vc não sabe o que é uma doula? dá uma googlada e uma estudadinha que dá pra entender rapidinho - infelizmente ainda não sei usar aqueles recursos bonitinhos qm que vc escreve "aqui" e a pessoa cai no link que vc sugere... Sorry, vou melhorar!)

Bom, devo ir. Meu bebê está acordando de sua soneca matinal e... com fome! Mas fica registrado aqui toda a minha boa energia que mando pra minha irmã do outro lado do Brasil para o momento que se aproxima. Que todas as deusas estejam com vc nessa hora mais dolorosa, mas mais gratificante de nossas vidas. Te amo, minha irmã!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Elogio e crítica

Hoje recebi um elogio sobre meus escritos. Confesso que fiquei envaidecida, considerando daonde ele veio...

Ontem recebi uma chamada de minha psicóloga sobre como tenho a tendência a me depreciar ao final das sessões. É difícil para mim ver o meu progresso em áreas diferentes de minha vida. É difícil lidar com auto-estima baixa.

Alguns de vcs devem estar se perguntanto, mas como? mas por quê? Olhe só pra vc, vc está bem e faz o que quer e o que gosta! O que pode estar errado? Não há nada errado. Mas são trinta anos de auto-depreciação em alguns momentos. Não o tempo todo, é claro, pois efetivamente eu ponho a mão na massa quando é preciso e realizo o que for preciso também. Não tenho medo do desconhecido, do dia de amanhã. Mas carrego sim alguns fantasmas, algumas culpas...

E é preciso me despir destes fantasmas, destas culpas, deste sentimento ruim de "self-pitty" que às vezes me artomenta. Não sou perfeita, tenho noção dos meus defeitos, mas esse aí é o pior de todos. Ele traz energia ruim, energia que não deixa as outras coisas fluirem. Ele vai contra a minha natureza, que é forte, criadora e poderosa. O que fazer para que esse sentimento não se manifeste mais? Ou o que fazer para que ele não roube minha energia?

Acho que posso começar com as palavras. A partir de hoje, estão proibidas de sair de minha boca qualquer palavra que me auto-deprecie, de desamor comigo mesma... Quem sabe assim eu conseguirei me amar plenamente um dia?

Escrevo para mim. Mas também posto em um blog, coisa pública. Estou à mercê dos pensamentos e comentários dos outros, de aprovação ou não. E daí? Bom, é muito bom ouvir elogios! Dá um gás danado! E como é difícil ser criticada, ainda mais quando a gente mesmo é maior crítico de si mesmo. Redundante, né? Vai ficar assim mesmo... Estão vendo? Olha a auto-crítica aí, presente na linha anterior. Bom, fazer o quê? Bola pra frente, que atrás vem gente, minha gente!

Sobre o caso Timponi

Estou indignada com o resultado do caso Timponi. Na capa do Correio Braziliense de hoje, a chamada diz claramente que por dois votos a um, este playboy de mais de 50 anos acaba de escapar de júri popular. Os juízes consideraram que o acidente que ele provocou em um racha na ponte JK há dois anos atrás, onde trtês mulheres foram mortas foi culposo e não doloso, o que significa que elebasicamente "não teve culpa"...

Bom, divulgarei aqui o blog de meu marido porque ele escreveu um texto muito bom sobre o assunto.

www.joaoreino.blogspot.com

Espero que o Ministério Público, ou sei lá quem, possa recorrer desta decisão imjusta e infantil sobre um caso tão grave. Não sei como fazer uma petição, nem saberia a quem encaminhá-la, mas fica aqui a pergunta para quem souber como fazer para que nós, cidadãos comuns, possamos mostrar nossa indignação e nossa repúdia a mais um caso indecente de impunidadee da justiça brasileira.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

No mundo da Lua

Ontem me disseram que estou no mundo da Lua. Diferentemente do esperado, tomei este comentário como um elogio. Penso que estou no mundo da Lua sim, no bom sentido. No mundo da feminilidade, no mundo cíclico, e às vezes imprevisível, da Lua.

Aqui em casa estamos passando por provas de fogo neste período. Como prestador de serviços, meu marido muitas vezes é obrigado a cobrar pagamentos atrasados de seus empregadores. No momento, estamos cobrando por trabalhos feitos há três meses atrás. Não é fácil viver nesta pindaíba! Tem sido estressante, angustiante e desestimulante.

E o que eu tenho feito? Ao invés de "ir pra rua" e batalhar por dinheiro, eu continuo em casa, firme e forte no meu propósito. É preciso que eu me mantenha no meu caminho para que o meu marido encontre o dele. É preciso que eu seja mais forte ainda, para que eu tenha confiança, fé e serenidade para que possamos atravessar esta tempestade juntos.

E eu estou aqui. Presente. Com os pés na terra, tirando meu sustento da água invisível, do vento, da luz do sol e com a cabeça na Lua sim! Estou olhando para meus filhos, vivendo junto com eles. Estou lado a lado do meu marido, apoiando-o, pois ele precisa de mim. Mas minha cabeça está na Lua! Na Lua dos contos de fada, das histórias cheias de ensinamentos e mensagens...

Como tenho saído mais de casa para passear nos últimos tempos, tenho reparado como minhas sensibilidade e percepção das coisas e das pessoas estão mais aguçadas. É de longe que percebo certas coisas, no geral coisas que não vão bem. Pois acho, infelizmente, que, no geral, as pessoas não vão muito bem. Malham para ter uma aparência de saúde forçada, não-natural. Vestem-se umas como as outras. Compram o que não precisam e raramente se questionam sobre como as coisas estão em nosso planeta. Preocupação com o planeta azul? Quase nula! Bom, enfim... A lista é muito longa e não escrevo estas coisas aqui porque me acho superior às outras pessoas. Mas acho que a maioria delas está equivocada em suas escolhas sim.

Apesar de estar com a cabeça na Lua, sou real. Sou criativa, espontânea e tenho muitos defeitos. Sinto raiva, explodo, mas também amo, acaricio e abraço. Sou concreta e busco uma vida com mais poesia e mais amor. E esta vida só existe na Lua.