sábado, 27 de novembro de 2010

Flash mob yoga para gestantes em Brasília

Amanhã, 12h15 na Torre de TV, haverá uma manifestação em prol da humanização do parto e em comemoração da III Conferência Internacional de Parto Humanizado. Será um flazh mob de uma sequência de yoga para gestantes. Para participar, basta assistir ao video no youtube e decorar os passos. É tudo bem simples.

Pelo que entendi, haverá um encontro antes na entrada principal do Ulysses Guimarães (que é um pouco longe da torre, mas enfim) às 12hs. Estou divulgando porque vou participar, claro!!!
O link do video aqui.

É preciso chamar a atenção da população para o fato de que o parto pertence à gestante, à mulher e é ela quem deve ser respeitada no momento sagrado de trazer sua cria ao mundo. Pelo respeito à mulher, seu companheiro ou companheira e seus filhos!

"Entrego, aceito, confio, agradeço". Vamos lá!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

O primeiro antibiótico

Gabriel está com 2 anos e 4 meses, passando por muitas transformações. Ele está tossindo há quase dois meses, começou a ir para a escola de manhã no início do mês e agora, pela primeira vez na vida, está sendo tratado com antibiótico.

Gabriel tomou muito pouco remédio desde que nasceu. Nem mesmo anti-térmico eu tenho costume de dar quando aparece uma febre... Sempre optei mais pela homeopatia e pela paciência. Nina, na idade dele, já tinha tomado antibiótico mais de uma vez. Mas há mais de dois anos não precisa de nenhuma medicação. Enfim, resolvi escrever o post, ainda mais diante da polêmica dos antibióticos no Brasil no momento.

No fim do mês passado, levei as crianças em um pediatra alopata muito bom, que já havia acompanhado Nina quando bebê. Voltei lá porque quero um acompanhmento das crianças de perto. Nesses dois anos, fiquei pulando de galho em galho, buscando homeopatas e pediatras, mas não me acertei direito com ninguém. Sou muito desconfiada da medicina tradicional alopata e preciso de um médico que tenha tempo para me escutar, que olhe e toque as crianças sem pressa, com respeito e carinho. Enfim, eu confio neste homem, do alto dos seus quase 2 metros de altura, mas de uma doçura comparável a de uma mãezona.

Semana passada foi uma correria na minha família. Fizemos nosso chá de bebê e recebemos minha irmã de Recife que veio se apresentar em um festival de teatro feito só por mulheres! Muito chique! Eles não ficaram hospedados aqui em casa, mas eu dei uma força, cuidando da minha sobrinha linda, de 1 ano e 2 meses. Além disso, tivemos apresentação da Nina em uma noite, espetáculo da minha irmã na outra, foi uma loucura!... E Gabriel, com aquela tosse que não cedia, na sexta-feira nos aparece com o canto do olho avermelhado, remela, tosse com catarro e febre...

Passei o fim-de-semana remediando a situação, deixando que ele descansasse e ontem visitamos nosso "consertador de menino". Era conjutivite mesmo, com aquela remela quase laranja! E pasmem, ele mesmo deve ter se infectado. O catarro da garganta já apresentava presença de bactérias e a mãozinha indo de cima pra baixo, o catarro lá dentro, tudo se comunicando, nẽo deu em outra. Conversamos, eu disse que ele nunca tinha tomado nada. Ele sugeriu um antibiótico por 5 dias, com uma dose diária só, além de xarope fitoterápico, soro no nariz, colírio pra conjutivite e nebulização. Ufa!...

Essa semana ele fica em casa com a mamãe o dia todo (como nos velhos tempos!). É de manhã, estou na sala com ele. Ele está brincando de cuidar do papai Noel, dar papá, desenhar, cantar e dançar. E claro, conversar comigo. Eu nem cheguei a escrever sobre os seus primeiros dias na escola, como eu me senti. Mas enfim, ele está curtindo desde o primeiro dia!... Achamos que ele deveria iniciar a escolinha, uma coisa só dele, antes do neném nascer, mesmo com as férias no meio, para que ele possa voltar a esta atividade só dele, depois do nascimento, para que ele não se sinta enxotado para fora de casa, né? E para que eu também tenha um tempo só meu e do bebê. Enfim, escolhas, escolhas...

Sempre as escolhas. Tomadas com conciência e amor, mesmo que não sejam as "certas", pois fatalmente vamos errar e aprender com esses erros, mas é preciso fazê-las. Diariamente. Amorosamente. Concientemente. Para então encarar suas consequências, sejam boas ou ruins.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Sobre julgar e ser julgada

Estou um tanto mexida e pensativa desde ontem. Tive uma ligeira discussão (que quase virou uma briga) em um chat com uma das minhas melhores amigas por causa de uma crítica que ela me fez em relação ao blog, mais especificamente, a este texto aqui. Ela me disse que se eu não quero ser julgada, então não devo julgar...

Bom, eu reli o texto e os comentários recebidos até hoje e, sinceramente, não achei o texto ofensivo. É claro que muitas coisas ali não são fáceis de serem digeridas e há pessoas que podem se sentir diretamente atacadas por minhas palavras e ideias. Não posso generalizar e colocar todas as mães de classe média no mesmo saco. Mas também não posso deixar se notar o fato de que as crianças (principalmente os bebês e aquelas na primeira infância) têm sido deixadas sim por suas mães aos cuidados de outros. Isto é um fato!

E o que exatamente faz com que essas mulheres deixem sistematicamente por horas (ou até dias seguidos) suas pequenas crias? Bom, falando grosseiramente, o dinheiro. Em alguns casos, há mães solteiras que têm que sustentar suas famílias, ou mães que não têm nenhum apoio financeiro do pai da criança ou de suas famílias. Ou seja, seriam casos de sobrevivência, pois se essa mãe não sair para trabalhar, ninguém comerá. Em outros, e aqui eu falo especialmente de mulheres que estudaram e assumiram posições no mercado de trabalho, as mães voltam ao trabalho porque acham que se ausentarem por muito tempo, terão problemas.

Enfim, os motivos variam muito, de acordo com idade, classe social, nível de escolaridade, situação conjugal, etc. Eu não tenho dados específicos para explicar o fenômeno no Brasil. Só a minha observação do meu meio social e minha própria experiência de vida é o que tenho em mãos para escrever.

Não estou aqui nem para julgar, nem ofender ninguém. Mas não sou perfeita, nem imparcial. Sei que julgo e assumo isso. Mas esse não é o meu intuito. Escrevo aqui para refletir sobre a minha realidade e propor a discussão e a reflexão também. Se com minhas palavras eu conseguir atiçar o desejo de uma mãe somente de parar tudo e se dedicar-se exclusivamente ao seu bebê e à sua criança, pelo menos imaginando como seria sua vida com menos dinheiro sim, mas muito mais próxima daquele ser que cresce sem parar e que precisa de sua presença, sua entrega, sua disponibilidade, o que faço aqui já valeu a pena.