sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Au revoir.. mais à bientôt!

Aproveitando um daquele raros momentos (e não é propaganda de cigarro dos anos 80, viu?) em que estou sozinha em frente ao computador, dá aquela vontadinha de escrever aqui. No começo, nem sei direito sobre o quê. Mas aí os dedos vão dedilhando no teclado (meio lentos, é verdade, pois não sei digitar muito bem). A cabeça vai muito mais depressa do que eles. Mas as palavras vão saindo e o texto vai se formando. Essa é a magia de criar algo.

Esta semana despedi-me de uma grande amiga que voltou para seu país, a França. Ela á mãe da melhor amiga que minha filha jamais conheceu,uma linda amizade que durou três anos. Uma cumplicidade não somente entre duas crianças, mas entre duas mães. O interessante é que se nem eu mesma, nem minha família falasse francês tão bem, essa amizade poderia nunca ter se dado. Nós fomos os unicos amigos brasileiros que eles tiveram aqui. E a nossa língua era o francês.

Era? De jeito nenhum! Estou aprendendo que a gente escolhe de quem ou do quê a gente quer se afastar. E eu desejo estar perto da família dela, mesmo longe. Eu já morei em muito lugares e já conheci muita gente diferente. E quem ficou? Alguns poucos que eu mesma fiz questão de escolher e cultivar uma amizade à distância. Pouca gente. Mesmo aqui, na cidade onde morei a maior parte da minha vida é complicado. Apesar de já ter sido bem popular e sair muito e "conhecer" muita gente, as pessoas com as quais me relaciono hoje e considero amigas são muito poucas. E eu as vejo raramente.

E aí, sou anti-social? Antipática? Metida? talvez um pouoo... Mas com certeza sou egoísta e estou vivendo talvez o momento mais egoísta de minha vida! E quero devorá-lo com uma ferocidade de loba selvagem. Meu momento, minha casa, meu marido, minha cria, minhas plantas, minha comida, minhas coisas!!!! UUUáaaaa! Cuidado se não eu mordo!... É. e sincera também, mais até do que sempre fui. Se tenho vontade de sair e ver gente? De vez em quando. Mas tenho gostado mais de receber pessoas queridas e convidadas (às vezes não) em minha casa mesmo... Quem me conheceu há uns cinco anos atrás provavelmente não vai entender, mas é a verdade...

Acho que são escolhas mesmo. quando será que reencontrarei esses queridos franceses? Não sei. Onde será que nos encontraremos da próxima vez? Só espero que nós possamos viajar para vê-los antes que eles venham aqui de férias qualquer dia desses (o que é bem provável...). Mas enfim, se eu escolher mantê-los vivos em meu coração e minha memória (nem estou contando com a internet, que vai com certeza ajudar a manter alguns fatos importantes em dia), quando a oportunidade para um reencontro chegar, tenho certeza que vai ser ótimo! E é isso que quero mostrar pra Nina também. Não tenha medo de dizer adeus. Nós escolhemos quem não queremos ver nunca mais. E escolhemos também aqueles que merecem nosso apreço e companhia.

2 comentários:

  1. Maíra amei seu texto! Estou do mesmo jeito, preferindo muito curtir minha casa e escolhendo pessoas do bem!! E excluindo pessoas que não são tão do bem assim! Acho que chega uma hora em nossas vidas que aquele velho ditado se encaixa perfeitamente "antes só do que mal acompanhado"!!
    Beijos

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  2. Minha querida, não tenha nenhuma dúvida sobre a sua decisão nessa fase da sua vida; vc está fazendo algo que muita gente ainda não entendeu, que vive fazendo um monte de coisas (com um monte de pessoas) que muitas vezes não levam a nada...
    Não é egoísmo saber dar as prioridades na vida, e tudo começa pela gente, não é? Assim, se descobrindo, vc se coloca no lugarzinho que te corresponde nesse mundo, vc cresce e vai ter muito pra dar para os outros... e certamente muita gente vai ganhar muito com isso!!!
    beijinhos da Maria

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