quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Mandalas

Comprei papel A2 grosso, para arte e novos gizes de cera. (Detalhe: não sei se o plural de “giz” é “gizes” mesmo, mas como o corretor de texto não me corrigiu, deixo assim!) Fiz minha primeira mandala e pretendo fazer mais a cada dia. Minha psicóloga sabe analisá-las. Parece que elas dizem muito sobre quem as faz. O momento de vida da pessoa. Louco, não? Como a mente da gente trabalha sem que a gente se dê conta disso. É o nosso inconsciente mesmo, nossa intuição, nosso coração, falando mais alto do que a razão, através do desenho colorido dentro de um círculo.

Aliás, tenho tido insights sobre a linearidade do mundo, em detrimento de minha natureza cíclica e circular. Meu ventre é redondo e gira em torno de um ciclo de fertilidade que se repete a cada mês. Meus seios são redondos e continuam a alimentar (mesmo que mais espiritualmente do que fisiologicamente) o meu bebê que cresce sem parar. Nas belas íris redondas de minha minha filha, vejo a alegria e a inocência de uma criança que descobre o mundo a cada dia que passa... Então eu me pergunto: por que minha casa tem linhas duras e é retangular? Por que minha horta está disposta em canteiros, leras? Já existe gente por aí afirmando que as hortas devem ser circulares e partir do centro de uma árvore grande e frutífera, como uma bananeira por exemplo.

Até a dança, que fez parte da minha vida por tanto tempo. O balé clássico é formal, rígido, com “linhas” rígidas que vão contra meu corpo cheio de voltas e contornos. Anos de treinamento, para se ter “linha”, justamente, um equilíbrio e uma técnica em que prevalece a precisão. Não que a dança clássica seja só isso, acho que ela pode ser muito mais. Muito mais artística e “redonda”. Estou apenas devaneando sobre mim mesma e minha trajetória em dança (clássica, em sua maioria). Hoje estou interessada em dança-terapia e tenho pesquisado e conversado com as pessoas sobre este tipo de dança, que me parece muito mais natural e femininamente redonda e circular.

Um comentário:

  1. Maíra adooorei o texto! Legal essa leitura da mandala! Acho que realmente tem tudo a ver.
    E esse devaneio sobre você ajuda muito quando tiver alguma dúvida ou insegurança!
    Acho fundamental para nossas realizações, aprender com o que passou(o ballet) e encarar o que está por vir! Nossa, desculpe pela viagem, mas seu post me fez refletir bastante! hehehe
    Beijos e até breve

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