quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Passeio e novas perspectivas

Quarta-feira passada, tive o prazer de passear sozinha pela primeira vez pela cidade. Era fim de tarde e já não estava mais tão quente. Certamente, a temperatura continuava alta, mas como não há mais sol direto, é bem mais agradável andar pela rua. Peguei um ônibus aqui perto e fui `a estação de metrô mais próxima (eles falam que é um trem, mas é um metrô mesmo). O engraçado é que fui diretamente ao guichê, mas os tokens só podem ser comprados na máquina. O preço da passagem varia de acordo com o lugar onde se desce. Comprei meu token e lá fui eu. Passei pela máquina e alguém me disse para depositar o token e assim fiz. Ao descer na estação desejada (KL Sentral – eu estava indo até Little India), fui pega de surpresa, pois o tal token que eu havia deixado no meu ponto de partida seria necessário para sair da estação (é assim que eles controlam se se pagou corretamente pela destinação!). Ri de mim mesma e pedi pra guardinha abrir a saída pra mim... Ela deu uma risadinha e disse: “next time”... A estação é enorme e se conecta com um shopping mall – aliás, aqui em KL, uma das coisas que mais se vê construídas são os malls, pra tudo que é lugar! Pedindo informação, e sendo sempre bem acolhida, cheguei ao meu destino, mas não encontrei o que fui procurar... Um tanto desapontada, fiquei um pouco meio sem saber o que fazer. Enquanto isso, ao meu lado, havia um pequeno templo de alguma religião indiana - desculpem a minha ignorância, onde dois homens com os dorsos nus entoavam um canto enquanto defumavam a sala. De lá de dentro exalava um perfume delicioso de incenso e a estátua de um deus estava coberta de flores. E ooops! Quase tomo um susto, pois bem do ladinho da entrada do templo havia uma jaula bem grande com dois macacos! Deu vontade de entrar e ficar por lá mesmo (no templo, gente!). Porém, a fome tava grande e decidi voltar pra cidade, já que eu queria muito ver KL de noite iluminada. Era por volta das 7 e não tardaria para anoitecer. Fiquei com muita vontade de comer algo na rua - quando se caminha pela cidade, nas calçadas, geralmente tem uma barraquinha de comida. Mas confesso que fiquei receosa por estar sozinha e pelo fato de talvez ser difícil conseguir algo pouco apimentado... Então, entrei no mall e voltei para a estação. Lá, entrei em um restaurante pequenininho, que servia acho que pratos simples para agradar todas as etnias daqui. Comi uns pasteizinhos de curry deliciosos e tomei iced tea. Depois voltei ao mall e entrei na Godiva (ninguém é de ferro, ne?). Passeei um pouco comendo chocolate amargo de excelente qualidade – ueba! Aqui, tem todas as lojas legais das quais temos noticia. Acho que os preços são, no geral, melhores do que no Brasil, mas ainda não fui a nenhum lugar budget que tem por aqui pra comprar roupa pra criança, tênis, essas coisas. Decidi experimentar uma bebida gelada (aqui tem um monte de tipos) que é uma espécie de suco ruinzinho, tipo tang, talvez, que vem com umas bolinhas gelatinosas deliciosas dentro. Pedi um de maracujá e adorei! Só não sei o nome do negócio; aprenderei! E assim, refrescadíssima, fui para KLCC, que estava cheio de gente: turistas, locais, casais com crianças pequenas... Uma delicia! E foi lá que tirei essa belíssima foto das Petronas Towers. Esse passeio tão simples foi de extrema importância pra minha sanidade. No dia seguinte, passei um super estresse pra cumprir a tarefa, aparentemente simples, de deixar Nina e Gabriel na escola e retornar pra casa. Tivemos que pegar um táxi mais caro, já que os budget que passavam ou não paravam, ou estavam lotados. Taxímetro rolando e o motorista decidiu, por duas vezes, pegar um caminho mais longo e estranho pra mim. Mas conseguimos chegar a tempo. Ufa! Fui conversar com a secretária responsável pelo transporte e ela me disse que me compreendia, que já havia vivido isso e que estava fazendo o possível para nos atender. A situação só é problemática porque não fizemos a reserva do transporte escolar com antecedência. De fato, escolhemos não morar nas proximidades da escola, que fica a uns 10 km daqui, porque esta área onde estamos é mais interessante pra nós: aqui, os condomínios são todos baixinhos e estamos a uma caminhada da cidade, bem como da embaixada brasileira. Lá, os condomínios são bem altos e há morros, o que dificulta a locomoção a pé com criança, além do trânsito que João teria que pegar diariamente. E o horário escolar permite a circulação ainda sem trânsito! Pra voltar pra casa, fui descendo o morro no qual fica a escola e consegui um taxi qualquer que, primeiramente, não queria me trazer de volta - sim, aqui tem muito disso: os taxistas não têm papas na língua, eles rejeitam mesmo o cliente se não for conveniente pra eles. Entrei e ele me perguntou se eu sabia onde era e eu respondi que sim. Então, ele começou a dirigir super rápido e entrou em uma highway desconhecida pra mim e começou a ir na direção errada! Foi a primeira vez que liguei o GPS no celular e foi o que me salvou, porque comecei a ficar com muito medo do cara, que era jovem, não falava inglês direito e não sabia onde estava indo. Ele fez de tudo: abriu a janela pra fumar e tinha aquela atitude de garoto que dá cavalo de pau no carro! Rezei e conseguimos chegar, nem sei como!... Finalmente, hoje estou tendo meu primeiro dia relativamente tranquilo na Malásia. Ontem tive o prazer de receber uma faxineira aqui em casa e ela limpou a minha casa, que estava imunda! Grata, Vina! Ontem de noite, tivemos a noticia maravilhosa de que a partir de hoje, sexta, as crianças teriam o tão esperado transporte! Fiquei tão feliz e aliviada que até minha menstruarão, que tava atrasada, desceu! Hahahaha E pra completar a minha alegria, João teve um encontro com o proprietário de um apartamento maravilhoso, que eu fui ver do outro lado da rua e... O cara é um super empresário chinês, tranquilo, e topou a nossa proposta! Ufa, que maravilha! Isto significa que estamos com nossa moradia em KL garantida e devemos nos mudar no inicio de outubro. Por ora, fecho o meu texto e abro meu coração para a minha nova vida. Em breve, mais! P.S.: não entendo porque não consigo mais fazer parágrafos aqui no blogger. Se alguém puder me ajudar com isso, agradeço!

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Adorei o texto!!!! E realmente achei que entrarias na jaula com os macacos. Ainda bem que explicaste nos parênteses! hahahah
    Afinal de contas, o templo era de quê?
    A foto das Petronas tá tão linda que achei que fosse uma pintura! Magnífico! :)
    Bisous

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  3. Estou meio sem saber como postar um comentário, mas vamos lá. Os seus textos são um presente, gosto muito. Imagino as surpresas que tem nessa nova cidade, tão diferente de Brasília. Sim, do que era o Templo? Macacos já começam a dar o ar da graça. E esse tx, que horror!!!!!! Se cuide, boa sorte!

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