segunda-feira, 2 de março de 2009

A natureza cíclica da mulher

Quando eu digo aos outros que estou em processo de auto-conhecimento, geralmente o que vem à cabeça das pessoas é algo de cunho religioso, ou místico, sei lá. No entanto, meu objetivo é uma coisa bem diferente. O meu interesse é me conhecer e me REconhecer como mulher.

Aos 30 anos, casada e mãe de dois filhos, o meu desejo de ficar em casa plenamente está vinculado a uma vontade enorme de conhecimento (auto - visto que eu já coletei informações e adquiri conhecimento e experiência em outras áreas). Talvez para algumas mulheres este processo seja mais natural e elas não tenham que parar para se conhecerem melhor.

Mas eu tenho um palpite. Assim como para mim esse processo requer tempo, dedicação e muita coragem, acredito que no mundo atual, com as mulheres fazendo dupla (ou até tripla) jornada de trabalho, se estabelecendo no mercado de trabalho e etc, muitas mulheres estão longe de sua natureza mais profunda, que é cíclica, fecunda e criativa.

Estou em uma viagem interna, que começa justamente no interior do meu próprio corpo. Vou dar um exemplo. Meu marido e eu não queremos mais ter filhos. Mas ao mesmo tempo, eu não quero tomar hormônios ou recolocar um D.I.U., ou fazer ligadura. Meu marido tampouco está disposto a fazer vasectomia. Então, o que fazer? Se eu estou em busca de um encontro comigo mesma, nada mais coerente do que buscar um método anticoncepcional natural, baseado em observações nas mudanças que meu próprio corpo apresenta durante o ciclo menstrual. Voilà!

Quem já ouviu falar do método Billings, deve saber mais ou menos do que eu estou falando. Este método requer observações diárias do muco vaginal e a elaboração de um gráfico para saber exatamente quando se está fértil e quando se está infértil. Mas acontece que este não é o único mecanismo que existe para reconhecer nossa fertilidade. Ainda podemos acompanhar nossas mudanças de temperatura e a altura e qualidade do cólo uterino, ou cérvix. É claro que este método requer muito rigor e sabedoria, pois quem não quer mais engravidar deve ter disciplina, amorosidade e criatividade para não só se abster de sexo se for necessário, mas também achar novas formas de ter prazer quando se estiver fértil!

Isto é o que queria dividir hoje! Obrigada por me visitar. Volte sempre!

4 comentários:

  1. Olá maíra, retribuo o teu elogio: também gostei muito do teu blog. Muito interessante essa fase de auto conhecimento que partilhaste. Eu também tenho trinta... e dois anos, mas estou num timming diferente: agora é que estou a pensar ter filhos e, por isso, livre de anticoncepcionais inorgânicos. Contudo, não pude deixar de pensar que o método de que falas deve ser uma chatice: fiquei a pensar se eu teria paciência para me auto consciencializar assim tanto sobre o meu aparelho reprodutor. O mais certo era não me conseguir condicionar à observação e... ups! Mas achei muito interessante, a sério! Bj

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  2. A ana sou eu, mas só consegui comentar com a minha conta google http://amulherdetrintaanos.blogs.sapo.pt/

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  3. Ana, que bom podermos fazer este intercâmbio.... Pois é, método anticoncepcional natural e muito, muito rígido! Mas pra mim é o que vale a pena no momento! Legal vc ter vindo me visitar!
    Até breve!
    Maíra

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  4. Oi, Maíra!
    Já tinha tentado postar um comentário aqui e não consegui por essa dos perfis, então perdi todo o texto... depois não deu mais (vida mãe é assim, né?).
    Pois é, aqui estamos de novo e eu queria comentar sobre essa questão da anti-concepção. Vc deve lembrar que nunca aceitei os métodos tradicionais que mexem com os hormônios ou colocam um objeto estranho dentro de vc pra impedir que o óvulo fecundado se anide... pois bem, nessa eu encontrei um aparelhinho onde vc vai colocando todas as informações das suas observações do seu corpo e ele vai descubrindo os seus dias férteis; é como um computadorzinho; chama-se Mini-Sophia e comprei aí em Brasília com um representante.
    Antes de vir pra cá deixei com a Joana.
    Compartilho em tudo o que vc está descubrindo...
    beijinhos com saudades, da Maria.

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