sexta-feira, 30 de julho de 2010

Por que o parto domiciliar?

Sumida da vida virtual, muito movimento na vida do lado de cá. Grávida de 16 semanas hoje, ou seja, no quarto mês de gestação. Preparando-me para a chegada do meu terceiro filho, ou filha. Ainda sem casa, morando "de favor" com meus sogros amorosos e generosos. Conversando pouco com meu marido, que trabalha o dia inteiro e dorme na casa de sua avó, já que aqui ele não cabe. Sentindo o bebê dançar dentro de minha barriga, que já é protuberante. Curtindo as férias escolares com meus filhos, quando o sono e o cansaço não me vencem. Procurando onde morar no jornal, pagando contas atrasadas. Pré-natal com uma parteira. Dificuldades para fazer os exames necessários. Bom humor na maioria das horas, bélica e impaciente em outras. Esperançosa e já desejosa de estar "em casa". Onde fica? Minha casa é meu corpo, que já tem inclusive inquilino!

Quero parir em casa, assistida por uma parteira, uma doula e meu marido. Ainda falta muito tempo para a data prevista? É. Mas este será meu primeiro parto em casa... Minha preparação já está acontecendo, mesmo porque para o parto domiciliar é preciso um lugar aconchegante que eu possa chamar de lar. Mas por enquanto, cuido do meu corpo. Dancei durante dez dias com este bebê em meu ventre. Livre, procurando novos movimentos, buscando minhas raízes, deixando aflorar e nascer de dentro a dança que eu não conheço, não-codificada, não-técnica. Mas minha própria. Grávida, cansava-me mais que os colegas. Porém, dancei tudo o que pude e assim que voltei para "casa", ganhei o presente da dança do meu bebê em meu ventre, com apenas 14 semanas e se mostrando para mim, dançando, chutando, fazendo minha barriga pulsar.

Este é o meu caminho agora. Preparo físico para um processo fisiológico que vivenciei duas vezes, mas que agora será mais real, no aconchego do lar. Depois de dois partos "normais" hospitalares, desejo receber este bebê em casa, sem médicos, sem intervenções desnecessárias, com uma mulher que respeitará tanto a mim quanto ao meu bebê, nosso ritmo, nosso processo, e por que não, nossa dança? Tenho sede de casa, tenho desejo de estar presente e sei que a única coisa que posso oferecer para este bebê é o meu corpo forte, saudável, acolhedor e nutridor.

3 comentários:

  1. Maíra mulher coragem!!! Nossa que linda dança será essa!!
    Muito bonita essa sua preparação para receber seu novo membro da família.
    Adoro ler os seus textos, imagino cada passo seu nessa dança!!
    Adorei a sua visita!!
    Bjão
    Fabí

    PS: Você vai querer saber o sexo antes?

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  2. Oi Maíra!
    Parir em casa é maravilhoso!!!
    Apoio total ao parto domiciliar.
    Como diz uma amiga: "coragem é ter filhos em hospitais"
    Bjus!
    Jaque

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  3. Maíra, muita força e confiança que o caminho é esse. Não existe nada mais lindo do que ver uma mulher tendo pleno controle e domínio do parto de um filho, o que é impossível em um hospital. Muita luz pra você! Vai confiante que vale a pena!

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