segunda-feira, 19 de abril de 2010

Sob o céu estrelado de Brasília

Hoje é segunda-feira, mas parece domingo. Tive uma semana e um fim-de-semana atípicos. Tudo divertido, mas diferente do que tenho feito. A primeira coisa que mudou em mim foi a minha constatação de que não queria mais acordar de madrugada para amamentar Gabriel. Reconheci que estava ficando cansada demais ao estar disponível também de madrugada para ele. Faço isso há quase dois anos!

Foi difícil reconhecer isso em mim, mas conversei com mulheres que me ajudaram a identificar essa culpa (que destrói e corrói tudo) de "deixá-lo" à noite. Estamos os três (eu, ele e meu marido) nos readaptando à noite, então. Quando ele acorda, já sabe que não tem mais peitinho, só colinho. Dá uma choradinha, pede, mas se conforma cada noite mais rapidamente. Acaba dormindo com a gente e nós o colocamos de volta na cama.

Continuo amamentando-o durante o dia, claro, porque quero, gosto e sinto que ainda podemos desfrutar desse prazer juntos. Mas felizmente estou entendendo que não é nenhum bicho de sete cabeças desmamá-lo, que ele já está grandinho mesmo e que na vida, as coisas também acabam, pois outras começarão! Estou mais tranquila e segura em relação a isso. Tanto é que fizemos nossa primeira saída juntos (João e eu) sábado à noite! Pois é!

Sabíamos do show do Moby (que não é um DJ, por favor, como a mídia ignorante insiste em chamá-lo) no Museu da República e propomos aos meus sogros cuidarem das crianças naquele dia à noite. Eles aceitaram o desafio e Gabriel passou então sua primeira noite sem mamãe ou papai de sua vida! Deu tudo certo, mas houve momentos em que ele ficou tristinho, sem descansar direito e tal. Mas tudo bem, ficou inteiro. E o melhor de tudo: eu também!

Adorei ter saído só com meu maridinho, o que fazemos raríssimamente. Fomos ao cinema e depois fomos para a Esplanada. O show era gratuito, mas comprando um ingresso baratinho antes, além de contribuir para o reflorestamento do Cerrado, a gente também ficava em uma área vip bem na frente do palco. Pelo que entendi, era um evento de música eletrônica com viés ecológico. Quando chegamos, havia um DJ que eu não sei o nome botando um som muito bom, meio house, acho, com belas melodias; depois Hopper; e à meia-noite em ponto: Moby!

Ele na guitarra, uma mulher negra arrasando no vocal, uma violinista, uma baixista, um baterista e uma tecladista, que também solou no vocal em algumas músicas. Eles tocaram coisas conhecidas, em um show bem amarrado, dançante e lindo de se ver e ouvir! Afirmo mais uma vez que Moby não é DJ, ele é músico e compositor. Suas composições passeiam pelo rock, soul talvez, house, onde ele cria batidas eletrônicas. Sua música é melodiosa e criativa. DJ é quem "bota" a música pronta para tocar, uma coisa dificílima aliás de se fazer bem feito, pois há a seleção das músicas e técnicas que vão além do meu entendimento. Não é à toa que esta profissão é reconhecida e o público reage na hora com sua energia ou falta dela quando ele ou ela está botando o seu som.

Eu queria, na verdade, escrever um texto sobre os encontros que tive nesta semana. Talvez meu texto não esteja muito claro... Acho que estou com certa confusão. Enfim, como tive uma semana atípica, encontros igualmente atípicos aconteceram. Tive a felicidade de reencontrar um amigão de adolescência no meio da rua, com as crianças no carro. Aquelas coisas de Brasília, você vai passando e grita o apelido da pessoa (de uns 13 anos atrás), a pessoa pára, hesita, mas acaba se convencendo que deve ser alguém importante para chamá-lo com tanta empolgação. Lindo! Adorei.

E justamente em um momento onde eu estava pensando na minha vida de poucos amigos, enfim... As coisas acontecem de forma bizarra às vezes. Lá no show também tive vontade de me comunicar e estar com pessoas queridas com as quais eu já me diverti muito! Nós revimos algumas pessoas das antigas, é claro, quando Brasília ainda tinha uma "cena" eletrônica. Também encontrei uma pessoa da qual sou fã de carteirinha há muito tempo... Há tanto tempo que morro de sem graça quando o encontro por aí na vida de verdade, mas nem tão sem graça nos nossos encontros nessa blogosfera maravilhosa e cheia de surpresas, né, Sílvio? ;) (Quem quiser conhecê-lo visite seu magnífico blog aqui) Eu me diverti bem, dancei, mas estava acabada às 2 da manhã!

Como eu me sinto em relação a tudo isso? Quando a gente inicia um caminho de busca interior, ele não tem mais volta. Eu estava lá, com todas aquelas pessoas, mas estava também vivenciando coisas internas talvez divergentes das das outras pessoas. Bebi uma cervejinha, claro, mas estava me sentindo inteira, viva e feliz! A música e a dança fazem definitivamente parte de mim mesma e quero cada vez mais me encontrar mais com elas.

3 comentários:

  1. Adorei te encontrar aquela noite no show! Estava me divertindo demais desde mais cedo. Cozinhei para os amigos (fiz um chili que ficou bem gostoso) saímos bem entrosados em um grupo bem grande, encontrei mais amigos por lá (você, inclusive, para minha felicidade). Pena que não dava pra conversar muito, né? Mas só de saber que tinha gente boa por perto, a energia era outra. Dancei bastante também. Cheguei cansadão em casa.
    E conheci seu marido! :)

    Mais feliz ainda fiquei de ler seu texto e suas gentis palavras. Você ainda me deve uma historinha, né?

    Beijos e obrigado pelo carinho.
    S.

    PS: meus últimos posts tem pouco de magnífico, rsrs. Mas, como mencionei lá, estou às voltas com a inspiração. Um dia ela vem. ;)

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  2. Também amei estar no show rodeado por você e pelo João e por tantas pessoas queridas.
    Brasília realmente arrasa muito nessas horas...
    Foi ótimoooooo!!!! :)

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  3. Sílvio, muito bom saber que você também curte cozinhar e receber! ;) Sim, um dia nós teremos a oportunidade de nos encontrar com mais calma e aí eu te conto esta historinha, hihihi! bj

    Osório, amigo querido, foi muito muito legal estar lá em sua companhia! Vamos repetir a dose de vez em quando, né? bj

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