sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Olhe para o seu umbigo!

Estou "olhando para o meu próprio umbigo" desde quinta-feira. O motivo? Bem, um cansaço extremo e uma cólica desde quarta... Chego da terapia na quinta de manhã e qual é o meu "dever-de-casa"? Olhar para o meu umbigo! Lá estava eu, no auge da TPM, vindo de dias de muitos encontros e muitos cuidados com o meu bebê, casa bem bagunçada, alguns engalfinhamentos com meu companheiro, volta às aulas da minha criançona, enfim: um trapo!

Cheguei à conclusão que havia passado vários dias fazendo muito pelos outros e pouco por mim mesma. Não é à toa que minha menstruação desceu ferozmente, anunciando-se com cólicas pré-menstruais e dores quando finalmente chegou. Sexta-feira (ontem), fiquei quase que o dia inteiro cuidando de mim, olhando pro meu umbigo, com bolsa de água quente e fazendo o mínimo de coisas possível. Pra piorar, tive uma noite péssima, acordada por dores. É como se o meu corpo estivesse me chamando de novo: ei, olha pra mim, cuida de mim, me ame, me aqueça, me dê atenção!

Então, agora no fim da tarde de sábado, com minha energia começando a voltar, sei o que devo fazer: voltar para o meu centro. Escrever, fazer o que me dá prazer. Semear. A Lua está crescente. É hora de semear de novo. A horta está cheia de mato; é preciso limpá-la minimamente para poder semear coisas novas. Já consegui livrá-la de algumas coisas velhas que estavam lá. Mas ainda falta. A casa precisa de mim de novo. Há bastante coisa a ser arrumada.

As crianças estão aí. Nina retomando suas atividades, revendo os amigos. Daqui a pouco ela volta para a ginástica e o violino. É preciso que eu esteja organizada para acompanhá-la, sem perder o meu foco. Gabriel, depois dessa fase difícil de viroses, alergias, dentes nascendo ao mesmo tempo, irritabilidade em alta, agora está voltando a ser ele mesmo. Aliás, essa história de se concentrar no próprio umbigo, começou com ele. Quando ele estivesse bem irritado, gritando, sem conseguir o que queria, seria a hora de chamar sua atenção para ele mesmo, dizendo: "Gabriel, olha o seu umbigo! Respira! Olha a sua barriguinha!" Assim, ele poderia voltar sua atenção ded fora para dentro de novo.

Estamos aqui passando por momentos de incerteza. João pode ser chamado no Ministério a qualquer momento, o que significa uma mudança de paradigma enorme para nós quatro, visto que ele estará mais tempo fora de casa. Amanhã ele tem um novo concurso e está trabalhando em sua monografia da pós-graduação. Além de tudo, a vida aqui na chácara tem estado um tanto turbulenta. Há uma casa sendo construída atrás do nosso quintal e ainda não sabemos direito quem vai morar lá... Não nos sentimos mais tão seguros e tranquilos como antes. E, ao mesmo tempo, sentimos uma certa angústia de sermos dois adultos, com duas crianças e ainda termos que nos submeter a esse tipo de coisa, de incerteza, sei lá...

Bom, meu tempo aqui por hoje se esgotou. Tive várias dificuldades técnicas com teclado. Mas sei que estou voltando para o meu caminho. Há muito o que dizer, que trocar, compartilhar, viver e escrever. Até breve!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá! Grata pela visita.

Se quiser deixar um comentário, sinta-se à vontade. Se não quiser, sou grata mesmo assim.

Até mais!