quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Mais um encontro de mulheres

Hoje tive o prazer de participar de um encontro para gestantes e mães conduzido por Rita Pinho (doula e aprendiz de parteira - ex-Ventre Livre). Uma delícia! Barrigas e peitos para todos os lados, bebês pequenos, médios e os meus próprios filhotes. Convidei para ir lá comigo minha cunhada, com sua linda princesa de quase 6 meses, Beatriz.

Foi uma manhã descontraída, com muita conversa boa sobre parto, fim de gravidez, bebês e suas necessidades, amamentação, sexo, relacionamento com companheiros, profissão, conflitos e dificuldades de ordens diversas, delícias da maternidade, enfim, muito, muito papo de mulher mesmo! Tivemos ainda uma sessão de exercícios de yoga para todas e depois mais especificamente para as puérperes.

Para mim, foi uma manhã relaxante, de encontro comigo mesma e com outras mulheres e mães. Eu gosto disso, gosto de estar perto, de ver as mulheres com seus filhos e suas barrigas, falando delas mesmas e escutando o que as outras têm a dizer. Estou com quase 29 semanas de gestação, o que me coloca no terceiro trimestre, quase na reta final até o desejado parto e o encontro com este novo bebê que vem mudar a vida de todos nós, minha e do João e das crianças.

Tenho lido alguns livros sobre parto humanizado e recolhido muita informação sobre o parto domiciliar. Estou muito animada para ficar em casa e ter não só o trabalho de parto aqui, como parir no aconchego do meu lar, na companhia do meu companheiro, minha parteira (Paloma Terra) e minha doula (a mesma Rita). Esta será nossa primeira experiência de um parto do nosso jeito, já que os dois anteriores foram hospitalares, e apesar de vaginais, foram partos diferentes entre si e cheios de intervenções. Eu adoro falar de parto, mas ficará para outra oportunidade relatar minhas duas primeiras experiências aqui.

Agumas pessoas podem pensar que eu estou deslumbrada, que não tenho a menor noção do que pode acontecer, visto que todo parto é imprevisível. Mas todos hão de convir que uma mulher que vai parir pela terceira vez sabe mais ou menos aonde o trabalho de parto vai levá-la. Mesmo assim, não deixo de estar maravilhada com a possibilidade de entrar em contato comigo mesma mais profundamente, simplesmente porque estou me preparando para um parto sem qualquer intervenção médica, finalmente "natural" e espiritual, como sempre sonhei!

Sim, tanto eu como meus filhos estamos aqui, eles nasceram saudáveis e são saudáveis e é isso o que importa, no fim. Mas estudando e conversando com as pessoas, percebo mesmo o quão equivocado é este sistema maluco de trazer as crianças ao mundo, ao qual nos deixamos habituar. Acredito que o nascimento de uma criança é um processo fisiológico natural, um evento familiar e social e não um evento médico-obstétrico. Não vou me prolongar no assunto hoje e nem negar a contribuição da medicina moderna em partos complicados, onde óbitos poderiam ter ocorrido, caso não houvesse tratamento médico adequado.

Gostaria apenas de compartilhar minha alegria em me dar a oportunidade de olhar para o parto com outros olhos, Agradeço ter encontrado mulheres em meu caminho que form me mostrando este caminho possível pouco a pouco.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Colo de mãe

Como é bom poder estar disponível e perceber quando alguém quer o meu colo!

Estava botando o Gabriel para dormir. Sento-me do lado da caminha baixa dele e leio histórias. Não sei bem porque, mas hoje, quando apaguei a luz e disse boa noite, comecei a cantar também. Geralmente, eu só fico quieta, sentada no chão, esperando que ele adormeça. Mas comecei a cantar. E ele, depois de uns minutos, ficou emocionado e começou a chorar dizendo que queria ir para a sala. Uma confusão!

Não sei se ele estava com muito sono, cansado demais, ou ficou realmente tocado pela música, ou se houve uma junção de tudo. Só sei que no meio da confusão, ele se jogou no meu colo e praticamente adormeceu. Então eu disse: "Vai pra sua cama, meu amor". E ele se deitou e dormiu.

Da mesma forma, Nina, que é 7 anos mais velha que Biel e tem 9 anos, pede colo de maneiras variadas. Vira e mexe aparece um machucado ou um choro para mamãe cuidar... Hoje ela teve uma dor no joelho, que apareceu do nada! Como ela vai viajar amanhã para um festival de Cordas, aos cuidados de uma mãe amiga, logo percebi que ela precisava desse colinho extra e dei toda a atenção para ela e seu joelho. Na hora de dormir, bolinhas homeopáticas de arnica e voilà! Vamos ver se ela vai se lembrar da dor amanhã...

Gente, colo de mãe é bom demais! Eu, com meus 31 anos tenho curtido à bessa quando minha mãe me pega no colo (risos) e faz um carinho especial. Esses momentos são preciosos e intensificam o relacionamento com os filhos. Estar presente, saber ouvir, estar atenta e tranquila para justamente acalentar e tranquilizar o outro. Êta aprendizado para a vida inteira!