terça-feira, 26 de maio de 2009

Tarefas domésticas e eu

Bom dia! Hoje finalmente vou me dedicar ao meu trabalho. Acho que vai chegar uma hora em que terei que aprender a produzir textos com Gabriel do meu lado, ou perambulando por aí. Mas no momento, prefiro escrever tranquilamente enquanto ele tira uma soneca e depois, à medida que o dia for passando, eu fico com ele e vou fazendo minhas tarefas domésticas.

Estou desde ontem um pouco ansiosa com o novo estilo de vida que está para se impor em minha casa. Apesar de sempre ter desejado que João tivesse um emprego fixo, com hora para acabar e hora para terminar, agora que isso está prestes a se tornar realidade, eu confesso que estou ansiosa. Principalmente pelo fato de não estar acostumada a vê-lo longe todos os dias, sem ao menos voltar para o almoço. Talvez tenha a ver com o fato de que moro na roça agora, afastado da cidade e de que não disponho ainda de um carro para sair quando quiser... Outra coisa é que Nina acabou de viajar com a escola hoje de manhãe e só volta na quinta à tarde; ou seja, seremos eu e Gabriel somente hoje, amanhã e depois... Ah!

Ainda bem que estou em tratamento terapêutico, senão seria bem mais difícil e eu provavelmente não teria forças para continuar minha feliz empreitada caseira. Mas é como Fernada me disse na última sessão: eu preciso criar, realizar tarefas criativas, que prencham o vazio que o João vai deixar. Ser mãe não deixa nenhum vazio, mas tarefas domésticas sim. No livro das mulheres selvagens, a autora diz mais ou menos a mesma coisa. Ela diz que é preciso ter cuidado com os trabalhos domésticos porque eles têm uma característica marcante: eles nunca acabam. As tarefas domésticas tomam muito do meu tempo e minha energia e é preciso que eu mesma saiba repor esta energia. Uma das providências que tomaremos assim que João assumir o cargo é voltar a Divina pra duas vezes por semana, ao invés de uma, pra me ajudar. Porque do jeito que está agora, é assim mesmo, tenho que ir levando, um dia após o outro, sem me estressar muito, mas tentando arrumar ao máximo o que aquele dia me permite. Mas sem deixar que estas tarefas tomem conta de minha vida, está aí o perigo.

Maria Mariana

Quem se lembra da Maria Mariana? Aquela que escreveu "Confissões de adolescente". Pois é. Acabei de ler uma entrevista com ela na Revista do Correio muito reveladora. Sabem o que ela esteve fazendo nos últimos dez anos? Sendo mãe em tempo integral... Alguma surpresa? Nenhuma! Só uma alegria imensa ao ver sua bela foto com sua prole em volta. E saber que lançou outro livro: "Confissões de mãe". Ha! Achei o máximo! Vou tentar localizar seu blog para lhe mandar uma mensagem.

Que bom uma mulher assim, assumindo sua maternidade publicamente. Ela teve quatro filhos. É, minha gente, estamos falando de quatro crianças muito sortudas que tiveram mamãe o tempo todo para elas e que, com certeza, irão colher mais frutos desta experiência mais tarde. Sem contar a felicidade desta mãe, que fez o que o seu coração pediu. Essa mulher que foi contra a maré vigente e teve a coragem de se retirar do mundo externo e entrar de cabeça no mundo interno, feminino, maternal. Parabéns para ela!

Esta reportagem me deu mais vontade ainda de continuar a fazer o que eu já estou fazendo mesmo. Tenho certeza de que estou no caminho certo para mim. Como ela, a maternidade veio para mim, forte desse jeito, gritando no meu ouvido de que o meu interior, minha feminilidade precisava desse tempo. Meus filhos precisam de mim. É muito óbvia a necessidade do meu bebê - ele só tem 10 meses... Mas a Nina também. Nos seus oito anos de vida, agora, sei como está sendo super importante essa retomada do que é importante, ou seja, nós, não o mundo exterior, mas nosso dia-a-dia dentro de casa. A construção dessa vida. Esse momentos que não voltam nunca mais.

Para completar minha alegria nesta manhã de domingo, a crônica de Maria Paula de hoje é sobre o tempo. E o texto é tão real, pois ela está falando de seu bebê, que como o meu, tem 10 meses. Já tem dentes, já balbucia palavras e dentro em breve começará a andar. E todo o resto já se foi para nunca mais voltar: Aquela boquinha banguela, aquele neném quietinho e caladinho... É, minha gente, a infância dos nossos filhos não volta nunca mais. É preciso estar atenta a ela e vivenciá-la, participando dela ao máximo possível. Porque depois, cada um seguirá o seu caminho no mundo, mais fortes com certeza. Mas sempre sabendo de onde vieram. As sementes ficam debaixo da terra. As raízes também. A tarefa maternal é um trabalho que ninguém vê, mas que está lá, proporcionando o crescimento e o florescer das árvores.

Para Lolê e os Três

Sexta à noite fomos assistir ao concerto do Lolê e seu trio (Três) na Casa Thomas Jefferson. Lourenço na bateria e no vibrafone, Franciso ao piano e Lize no contrabaixo acústico. Que trabalho bonito! Foram interpretadas músicas de repertório brasileiro, com releitura deles próprios, duas composições do Lolê e mais outras tantas do Francisco. Fiquei realmente emocionada não somente pela qualidade dessas composições originais, mas pela forma que eles encontraram de interpretar todas as músicas.

Francisco é um super pianista. Ele também toca acordeon, mas nesse concerto não tocou. Lize toca muito bonito, é baixinha, o contrabaixo é muito maior do que ela. Quando toca com os dedos, tem um gingado parecido com o do papai. E que técnica! Quando pega o arco, sai um lindo som de vibrato... E os arranjos para o arco são muito bonitos. Eu chorei de emoção na penúltima música (do Chico Buarque e Cristóvam Bastos, que não me lembro do nome agora, mas que foi solada pela Lize com o arco). Bom, Lourençao, show à parte. Virtuose de sua bateria, com suas caras e bocas, seu molejo, o ritmo que parece que sai de dentro do seu próprio corpo. E quando ele pega as baquetas e sai tocando o vibrafone então? Que sensibilidade, que musicalidade... Ela sabe que poderia ter sido bailarinio se quisesse. Na verdadee, ele dança tão bem que é meio bailarino mesmo.

Lourenço com sua determinação natural, disse aos nove anos de idade que queira ser baterista. A profissão de músico soava tão natural dentro da minha casa, mas acho que houve uma ligeira preocupação em relação ao dinheiro que os músicos fazem ou não fazem. Lourençao sempre foi incentivado a ser bom aluno, coisa que ele sempre foi, inclusive ganhando prêmios de ciência e tudo. Mas o seu coraçãos sempre esteve certo do que ele queria: música, música, música. E tem mais: ele nunca vai ter problemas de dinheiro. Ele é organizado, não faz estripulias, não é nem um pouco doidão. Às vezes tenho vontade de dizer pra ele deixar de ser tão caxias e curtir mais os seus 21 anos. Ai, ai, meu mateudinho...

terça-feira, 12 de maio de 2009

Curso de Horta Orgânica

Sábado passado participei de um curso de horta orgânica. Foi ótimo! Tenho uma área enorme no meu quintal, que já está cercada e capinada e que em breve será minha horta! ha!

Fui saber um pouco de teoria daquilo que não tenho a menor prática, mas que me interessa muito. O primeiro passo é medir a acidez do solo e se não estiver legal (deve estar entre 5,8 e 6,8), é preciso corrigi-lo com calcário. Depois, adubar. Depois, decidir o que vai ser plantado. Há duas categorias: plantas que necessitam de mudas, para as quais faz-se uma sementeira, e plantas de plantio direto. E aí é plantar e ser feliz! Não vejo a hora dessas coisas realmente acontecerem... Imaginem: a cenoura foi a gente que colheu!!!

Tenho tido muito pouco tempo - e pouco saco, é verdade -, para me dedicar à minha vida virtual como um todo. E-mail, uma vez por semana... Orkut? Uma vez por mês!? Bom, e o blog, sei lá... vou levando. A verdade é que tenho escrito em casa, só para mim mesma. E, como disponho de pouco tempo mesmo, não sobra tempo pra essa vida virtual, que, convenhamos, é praticamente uma vida paralela!

Mas eu já estava com saudades. Estava passando roupa agora à noite ,após ter colocado as crianças pra dormir - este é o momento mais tranquilo do dia (!)-, quando minha mãe me ligou para dizer, dentre outras coisas, que ela havia visitado o meu blog e lido tudo! E eu: tudo? Como assim? Você leu tudo de uma só vez? kakaka de mim mesma... como se esse fosse um blog gigante, com cinco anos de textos publicados. Bom, anyway, fiquei feliz dela ter me visitado por aqui.

Tentarei ser mais assídua por aqui. Até! e Axé!